sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

O dia que o Palestra continuou no Palmeiras

Por Jota Christianini*
Noite fria, céu escuro, muito escuro, nenhuma estrela, sombrio, como sombria eram as notícias que chegavam. Eram os homens que entravam, eram as esperanças que pareciam morrer.

Tomasino berra:

- Por que essa perseguição? Nós somos tão brasileiros quanto eles!
Adalberto lamenta:

- Logo hoje que o Adami não está, nem o Pelegrini, temos que tomar essa decisão, mas o Leonardo taí e vai assumir a Presidência, a reunião vai começar.

O frio era muito intenso, os homens chegavam, alguns poucos de automóvel, a maioria de bonde, desciam na Avenida Água Branca, cruzavam os portões, com a fisionomia preocupada. Era tudo muito difícil, tudo muito injusto.

Paschoal secretariando a reunião avisa:

- Não tem mais tolerância, podemos ter o nosso estádio confiscado e perdermos todos os pontos do campeonato. Querem usar o decreto de março que diz que os bens dos estrangeiros seriam tomados.

Tomasino, fora da sala, escuta e berra :

- E por que ninguém reclamou na Revolução de 32, quando, os atletas do Palestra, fizeram o batalhão de esportistas e foram lutar pela democracia?

Pediam calma, mas Tomasino insistia:

- Quando transformamos o estádio em hospital, epidemia de gripe, não apareceu ninguém para dizer que não éramos brasileiros?

O presidente em exercício, Leonardo tenta falar com a autoridade que exige a mudança de nome ou tomará as medidas drásticas contra o o clube.

Não tem êxito!

Passa o telefone ao Capitão Adalberto que argumenta com a lógica: Palestra é um nome grego e que desde
março já não somos Itália, portanto o decreto contra nomes estrangeiros não nos atinge.

Não tem êxito também.

Não adianta usar os argumentos do presidente do Conselho Nacional de Desportos, João Lyra Filho que escreveu que não ha propósito exigir a troca de nome e que se isso fosse levado a ferro e fogo ele mesmo
teria que trocar seu nome, ja que Lyra é o nome da moeda italiana

Tomasino reúne os sócios e começam a encher barricas de gasolina e colocá-las ao redor do estádio:

- Se vierem tomar, nós preferimos tocar fogo do que entregar o que é nosso, compramos com nosso dinheiro. O Palestra não usou dinheiro do governo para comprar o estádio.

Prossegue a reunião. Chega um telegrama, vindo do Corinthians, hipotecando solidariedade ao Palestra. Assina Vicente, um jovem conselheiro, também imigrante.

O doutor Mario pede a palavra e diz que não nos querem Palestra, mas que seremos fortes para prosseguir, pois nascemos para vencer e nada nos destruirá, ainda mais que sabemos muito bem quem está por trás de tudo isso, atrás do nosso estádio e atrás do nosso campeonato.

Vincenzo, fundador do Palestra, dramaturgo, jornalista, astrônomo e ator usa um pouco de cada uma das ocupações para ordenar o recinto.

Não adianta o sangue palestrino ferve.

Três conselheiros saem apressados e cortando a noite pelas ruas escuras vão a casa do Sr. Olival.

Todos esperam, Tomasino e seus amigos, nervosos, circulam pelo estádio de olho nos portões.
Hora depois o carro volta, olhares tristes dos amigos do Tomasino confrontam com os ocupantes do carro,
parecem esperançosos.
Olival não só autorizou como fez questão de vir junto, avisa Adalberto.

Reiniciam a reunião. Dr. Mario, completa a frase

- “NÃO NOS QUEREM PALESTRA, POIS SEREMOS PALMEIRAS E NASCEMOS PARA SER CAMPEÕES”.

Enrico diz que o Palestra continua no Palmeiras e Oberdan vai jogar para sempre de azul para lembrar a Itália.

Os gritos de alegria e os abraços contagiam.

O Palestra muda para Palmeiras para continuar sendo Palestra.

Lá fora Tomasino avisa

- Domingo, dia 20 de setembro, vamos dar de relho neles, para mostrar que agora aqui é Palmeiras!
Todos saem abraçados, mais uma etapa estava vencida, a madrugada antes fria parece bem mais agradável,
vão todos para a cantina 1060 no Brás. Dizem que faltou vinho naquela noite.

Vincenzo o astrônomo olha para o céu, agora bem mais claro. Olhos fixos:
- Nasceu uma nova estrela, e de primeira grandeza!
***

NOMINATA
Adami – Italo Adami presidente licenciado do Palestra em 42;
Pelegrini – Hygino Pelegrini, presidente em exercício que não pode presidir a reunião;
Leonardo – Leonardo Lotufo, presidente interino na célebre reunião de 42;
Adalberto – Capitão Adalberto Mendes, capitão do exército que entraria na frente do time no domingo seguinte, dia 20, quando ganhamos do SPFC por 3×1 e na iminência da marcação do quarto gol, eles fugiram do campo;
Paschoal – Paschoal Walter Byron Giuliano, secretariou a reunião; depois tornou-se um dos maiores presidentes do Palmeiras;
Enrico – Enrico Di Martino, disse: “O Palestra continua no Palmeiras”; foi presidente do clube, um dos melhores;
Vicente – Vicente Matheus, conselheiro corintiano que solidarizou-se com o Palestra;
Doutor Mario – Mario Minervino, advogado, autor da frase, “Não nos querem Palestra, seremos Palmeiras e nascemos para ser campeões”;
Olival – Olival Costa, presidente da A.A. Palmeiras, sempre grande amigo do Palestra, foi chamado à reunião para autorizar o uso do nome Palmeiras;
Vincenzo – Vincenzo Ragognetti, fundador do Palestra e primeiro diretor de futebol;
Tomasino – TODOS NÓS!

*Jota Christianini é historiador palmeirense.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Último texto de Joelmir Beting

O último texto do jornalista Joelmir Beting será o prefácio do livro com imagens do goleiro Marcos.

Segue abaixo:

“Ver para crer


Fui coroinha e secretário de um brasileiro cuja vida está sendo estudada pelo Vaticano em um processo de beatificação. É o padre Donizetti, lá de Tambaú, interior de São Paulo, minha terra.


Como a sua Oriente, Marcos. Ao lado daquele homem de Deus, vi e vivi muitas coisas que não têm explicação. Apenas fé. Assim como não têm explicação muitas de suas ações, defesas, palavras e orações, Marcos.

Ao longo de vinte anos de nossa paixão: o Palmeiras. Para quem viu de perto o que o padre Donizetti fez pelos romeiros em Tambaú, para quem torceu de perto – como um verdadeiro devoto do anjo da guarda palestrino –, atesto e dou fé que conheço duas pessoas abençoadas.

Você pode até não achar. Mas, para nós, palestrinos de verde e de credo, doentes de paixão, você é são. Você é santo.


Fui repórter esportivo por cinco anos. Em 1961, vi o Pelé fazer um gol no Maracanã que me inspirou a dar uma placa a ele – a que gerou a expressão “gol de placa”.

 Desde que o vejo na nossa meta, Marcos, a partir de 1996, gostaria de ter continuado na imprensa esportiva só para coroá-lo com honras. Especialmente na Libertadores de 2000 (contra quem, não preciso dizer).

Mas, pensando bem, melhor ter seguido como jornalista econômico. Assim, nunca tive de criticá- lo pelas poucas falhas que cometeu em sua limpa carreira – tão limpa como seu caráter. Pelo contrário. Apenas o aplaudi pelas defesas do tamanho do nosso clube.

 Não carreguei o dever da crítica. Apenas o prazer, o privilégio e a honra de ser mais um devoto de São Marcos do Palestra. Do Pacaembu. De Yokohama. Do mundo todo, que foi seu em 2002.


Como maravilhoso santo de casa, você não fez milagres apenas em nosso lar. Você fez de tudo em outros campos e cantos. Por estes dias e semanas, estou bem perto do Morumbi – estádio onde você foi canonizado, em maio de 1999.

Estou de cama tentando melhorar de uma doença complicada. Por isso, escalei o Mauro, que você conhece, para me ajudar a botar no papel um pouco do tudo que você fez por nós. Meu filho, que costuma dizer que você, Marcos, e eu, Joelmir, somos as pessoas que melhor o defenderam na vida.


Por isso, eu te peço, Marcos, que você me dê mais uma vez a mão. Uma força. Para me erguer de onde estou e poder celebrar com meus filhos e netos mais uma grande vitória pela sua santa proteção.


Não é milagre. É fé. Trabalho. Esperança. Superação. É tudo o que o Palmeiras me ensinou. É tudo o que você deu ao Palmeiras. Quando temos pessoas como você para nos defender, com a paixão que você dedicou, com o amor que nos deliciou, sei que tudo já deu certo. Que ninguém que nos ataca vai vencer. Que só quem defende e ataca por nós será inatacável.


Seu Marcos, você pode não ser santo, mas sei que você faz milagres. Você pode não recuperar quem não está bem. Mas nunca é doente quem é Palmeiras. Sadio é quem torceu por você.


Tenho uma frase que foi reproduzida no vestiário do velho Palestra: “Explicar a emoção de ser palmeirense a um palmeirense é totalmente desnecessário. E a quem não é palmeirense... É simplesmente impossível”.


Explicar a emoção de torcer por Marcos é totalmente desnecessário. E a quem não é palmeirense... meus pêsames.


Parabéns, amigo. Obrigado por tudo e por essas imagens que, mesmo vendo, a gente ainda não acredita. Mas como é Palmeiras, eu boto fé. Sempre creio no nosso time.


Até quando duvido de Deus (que é pecado), sei que temos alguém para nos salvar. Alguém para nos defender. Alguém como Marcos.


Em nome do Pai da Bola Waldemar, do Filho do Divino Ademir e do Espírito São Marcos, amém.


Joelmir Beting,


Palmeirense há 75 anos, jornalista há 55.”


Por :  LANCENET!

Homenagem - Joelmir Beting




No próximo sábado no encerramento do Campeonato Brasileiro o time do Palmeiras fará uma homenagem a Joelmir Beting entrando em campo com a camisa acima.

Talvez essa homenagem seja a única lembrança que devemos levar desse campeonato.

Sugiro que o Palmeiras jogue de luto nesse dia com faixa preta nas manga da camisa.

Forza Palestra!

Prandelli aprova estrutura do Palmeiras para receber Itália na Copa de 2014



A menos de um ano da realização da Copa das Confederações em território brasileiro, Cesare Prandelli, técnico da seleção da Itália, visitou a Academia de Futebol, em São Paulo, e aprovou a estrutura do Palmeiras para receber seus comandados em 2013 e também em 2014, ano de realização da Copa do Mundo. Ao lado de representantes da diretoria e do marketing palestrino, o substituto do campeão mundial Marcelo Lippi considerou a estrutura do clube brasileiro como ‘vanguardista’.

Convidado a conhecer as instalações do Palmeiras, na manhã nesta quinta-feira, ao lado de uma comitiva da Federação Italiana de Futebol, Prandelli veio ao país para acompanhar o sorteio da Copa das Confederações, que será realizado no próximo sábado, a partir das 11h20 (de Brasília), no Centro de Convenções do Anhembi, em São Paulo.

“É uma estrutura muito bonita, de vanguarda. Percebemos que aqui há muito profissionalismo, existe uma preocupação com os detalhes, e tudo isso permite que se desenvolva um ótimo trabalho. O Palmeiras está de parabéns”, ilustrou Cesare Prandelli, que conheceu a história do clube por meio de vídeos e ainda recebeu uma camiseta personalizada.

Impressionado com as origens italianas do clube paulista, Prandelli conheceu não apenas os campos de jogo da Academia de Futebol, como também as salas de musculação, a clínica médica e o ginásio. Segundo os representantes da comitiva italiana, a estrutura está aprovada para receber os jogadores da Itália em busca do pentacampeonato nacional no Brasil.
 
 
Por ESPN.com.br com agência Gazeta Press

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Bruno , Denoni , Assunção , Valdivia e Barcos




Na estréia de Kleina o Palmeiras conseguiu importante vitória fora de casa.

Alguns jogadores chamaram minha atenção:

Bruno

Continua inseguro,alias é fácil perceber que a defesa não confia nele.

Teve dois lances que ele errou na saida do gol.

No primeiro estava sozinho e socou a bola.Para a nossa sorte a defesa recuperou mas a imagem na TV mostrou claramente um Bruno nervoso pedindo desculpas para a defesa.

No segundo lance foi no gol do Figueirense.Na origem da jogada a bola foi cruzada da esquerda para a direita.Bruno estava sozinho no lance e novamente socou a bola.Nesse caso a bola ficou com o jogador do Figueirense que após dominar a bola cruzou na área e saiu o gol do adversário.


Denoni

O volante que não tinha oportunidades com Felipão entrou muito bem.Apareceu como opção no ataque.Caracteristica de volante moderno.Mandem o João Vitor embora.

Assunção

O nome do jogo.Chamou a responsabilidade como capitão,foi decisivo , comandou o time em campo e deu uma entrevista como líder no final do jogo.

Valdívia
Tomou cartão infantil mais uma vez e se não fosse o Kleina provavelmente seria expulso.

Devido esse cartão e pelo seu histórico provavelmente tomará o terceiro contra a Ponte e desfalcará o time em mais um clássico , dessa vez contra o São Paulo.
Difícil depender desse camisa 10.

Barcos

Jogou bem como sempre.Esse argentino tem tudo para se tornar um grande ídolo palmeirense.Falta um gol contra o Corinthians.

IMPORTANTE:

Nossa distância para sair do Z4 caiu de 8 para 5 pontos.

Forza Palestra!

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Dia do Palmeiras: 70 anos da Arrancada Heroica






O site do Palmeiras trás um brilhante texto sobre o que foi a Arrancada Heróica.

Para saber mais desse momento histórico entre no site do Palmeiras clicando aqui .

Book Trailer: 1942 - O Palestra vai à guerra

Há 70 anos





Abaixo texto e imagens retirados do site PALESTRINOS sobre o  episódio mais emocionante de nossa história.

Vale sempre lembrar que tomei conhecimento desse momento histórico conhecido como a Arrancada Heróica em uma conversa com meu avô Pinho na praia da Vila Loty.Foi por essa conversa que o meu blog tem esse nome.

Curiosidade: O dia 20 de setembro é oficialmente conhecido como o dia do Palmeiras em virtude desse fato ocorrido em 1942.Esse projeto foi aprovado pela Câmera Municipal de São Paulo em 2005.

Boa leitura.

"Qual não é a alegria, satisfação, e por que não dizer o orgulho e honra, quando os pais escolhem para seu amado filho o nome deste. Nome, que o pequeno recém-nascido levará para o resto da vida. Portanto, não fora diferente quando naquele distante ano de 1914, aqueles jovens e entusiastas italianos, escolheram o nome do recém fundado clube. Idealizado pelo inesquecível Luiz Cervo, a denominação, por ele sugerida. e aprovada por todos os presentes na histórica reunião, acabou sendo PALESTRA ITÁLIA.
Não poderia ser diferente, haja vista que o clube nascera no seio e para representar a maior colônia existente em São Paulo: A colônia italiana! Por ser de origem grega, o nome Palestra, poderia ter sido adotado por qualquer outra etnia existente em São Paulo naqueles idos. Mas felizes foram na escolha ao colocarem a palavra ITÁLIA a frente do nome PALESTRA, conquistando com isso uma verdadeira marca, uma legenda, uma denominação forte que iria criar uma grande identificação da imensa colônia italiana, não só em São Paulo, mas em todo estado e território nacional.
            Embora provenientes de várias regiões da península, os diferentes tipos de italianos, passaram a denominar-se com imenso orgulho, de palestrinos, sinônimo dos apaixonados e fanáticos seguidores do querido Palestra Itália. Onde quer que a Palestra (isso, mesmo, no feminino, como era inicialmente chamado) jogasse, legiões de torcedores se faziam presente nas praças esportivas. Tudo isso fez com que os organizadores, seja de um campeonato, torneio ou qualquer competição que a Palestra se fizesse representar, tivessem que repensam tudo. Pois, já não era possível acomodar aquela verdadeira  massa torcedora.
            Portanto notem como o nome escolhido alcançou êxito, o que a Itália com suas diferenças étnicas não conseguira,  em unir todos italianos embaixo de uma mesma bandeira. A gloriosa bandeira do querido PALESTRA ITÁLIA. Infelizmente, toda esta paixão em torno de um clube, iria despertar inveja, ira e perseguições injustas.
            E foi assim que chegamos ao ano de 1942, momento este que o mundo estava, novamente, mergulhado em um conflito bélico: A Segunda Guerra Mundial. Aproveitando-se da instabilidade política em que o mundo se encontrava, alguns covardes e inescrupulosos quiseram aproveitar do momento, e se apoderar daquilo que não possuíam, ou seja, o patrimônio da gente palestrina.
 Perseguições injustas foram direcionadas ao velho Palestra Itália, obrigando-nos a mudar a nossa denominação, com o risco de perdemos tudo aquilo que havíamos conquistado com muito trabalho. Tudo porque, diziam, o nome Palestra nos associava com a Itália, que naquele momento do conflito mundial, era um país pertencente ao eixo nazi-fascista, visto como o eixo do mal.
Chegamos, portando no dia 14 de Setembro de 1942. Dia que ficaria pra sempre marcado na vida de toda a nação palestrina-palmeirense, como um dia por demais triste e funesto. Nesta data, eu pergunto: Celebra-se? Comemora-se? Não! Apenas lembra do dia em que tivemos que trocar o nome do velho e querido Palestra Itália. Havíamos 6 meses antes, tentado não alterar o nome Palestra, substituindo somente o nome ITÁLIA, para “de São Paulo”. Mas, nem isso, embora Palestra, como já citamos, é de origem grega, cessaram as perseguições.
            Portanto, não havendo outra saída, reuniram-se dirigentes palestrinos naquela triste noite. E após deliberarem sobre qual nome a se escolher, por sugestão de um dos dirigentes presentes, Mário Minervino, definiu-se por PALMEIRAS. Antigo e extinto clube, que quando em atividade, sempre se comportara de forma leal para com o querido Palestra Itália. Para tristeza de todos, mas alivio também (pois, continuaríamos a nossa vitoriosa existência), desaparecia (nominalmente) o velho e amado Palestra Itália, e surgia a Sociedade Esportiva Palmeiras.
            Dois fatos marcantes merecem registro: Primeiro, os jogadores estavam em uma chácara, concentrados para o jogo histórico do dia 20 de Setembro. E ao chegar a notícia que o nome Palestra Itália não mais existia, a maioria dos atletas choraram, um deles, Oberdan Cattani. Todos juraram que a vingança, viria no próximo domingo. Até porque, do outro lado, estava, um dos que mais perseguiram o amado Palestra.
            E outro fato interessante, ocorreu em um leito de hospital. Estava ali acamado e enfermo, um dos maiores homens que o Palestra Itália reunira desde sua fundação: Enrico de Martino (O inolvidável).  Este, criara uma célebre frase, que dizia: “Os Homens passam... o Palestra continua!”.  Quando indagado, como ficaria sua frase, agora que o nome Palestra não mais existia, pensou, pensou e disse:

 “Os homens passam... O PALESTRA continua... no PALMEIRAS”.
Autor: Miro Moraes










quarta-feira, 19 de setembro de 2012

NÓS, O PALMEIRAS

 
 
 
 
 
 
Texto retirado do blog Cruz de Savoia do @SeoCruz.
 
Esse texto é de seu irmão André.Texto brilhante que fala do Palmeiras e publicado no dia de San Gennaro.
 
 
 
"Os senhores vão me dar licença, mas jamais crônicas minhas haviam sido publicadas, neste Literário, numa data tão próxima ao dia em que a Sociedade Esportiva Palmeiras comemora seu aniversário. Portanto, desta feita, não vou encontrar meios de escapar de certas obrigações. Explico-me. Corre agora meu terceiro agosto ocupando este espaço. Nas ocasiões anteriores, foi diferente. Tive tempo suficiente, entre a tarefa de escrever e a referida data, para contornar qualquer sentimento – seja de obrigação da minha parte, seja de expectativa dos outros, os que me lêem – que me impusesse a missão de tocar em assunto tão perigoso. Entretanto, como preparo com um dia de antecedência (ou ao menos deveria fazê-lo, afinal) essas crônicas com as quais lhes amolo, o ano da graça de 2008 reservou-me a tarefa de elaborar esta justamente em 26 de agosto – dia em que o Palmeiras completa 94 anos, donde não estou conseguindo pensar em mais nada a não ser em tambores rufando, sinos repicando, incenso, Honra e Glória. Não sei se foi sorte, não sei se foi azar. Talvez tenha sido sorte, porque dentre os maiores deleites que há nesta vida está o de discorrer sobre o objeto do nosso amor. Mas receio que talvez tenha sido azar, porque não costumo sair-me
bem nesse tipo de aventura – como direi? – menos debochada.
 
Vejamos.

Sei que já disse, antes, muito do que penso sobre o futebol, sobre seus principais clubes, sobre as torcidas dessas agremiações. Portanto, não vou maçar ninguém com assuntos ou piadas velhas, por melhores que sejam. Apenas, parece-me que é o caso de lembrar-lhes daquela minha opinião segundo a qual nossos times de coração não são outra coisa que não nossas pequenas pátrias. Porque, de muitas maneiras e sob diversos ângulos, o Palmeiras, para mim, é um lar, e a cada vez que vejo aqueles homens – quaisquer que sejam, onde quer que seja – entrando em campo enfiados no fardamento esmeralda, então é como se eu voltasse para casa. Para a minha casa. Para a casa do meu pai, para ficar
ao lado dos meus irmãos.

Conheci muitos sujeitos, muito sensatos e os quais respeito muitíssimo, incapazes de compreender por que times de futebol são tantas vezes tratados como se fossem algo além do que são – times de futebol, nada mais do que times de futebol. Gostaria de enriquecer-lhes o espírito esclarecendo dois ou três pontos de fundamental importância. Compreendo que o Palmeiras não é, literalmente ao menos, minha família, e que aqueles que são literalmente minha família me são mais valiosos do que o Palmeiras; mas não posso deixar de acrescentar, complementarmente, que, por outro lado, uma família minha sem o Palmeiras poderia ser algo muito digno de devoção, mas ainda assim seria outra coisa totalmente diferente desta família na qual cresci e que farei crescer; e que, portanto, o que os senhores pedem quando me pedem menos arrebatamento ou grandiloqüência ao referir-me ao Palmeiras parece-me antes sugestão para que eu invente, do nada, uma família desconhecida e obviamente inexistente, para somente depois, tarde demais até, soar como algo vagamente assemelhado a um chamamento à
sensatez e à racionalidade.

Não há um único dia em minha vida em que eu não me lembre do Palmeiras. Quando acordo, a primeira coisa que me ocorre é que Deus é bom e perfeito e me permitiu acordar de novo, e de novo, e outra vez – o que, diante de minha dieta, acresce de ares milagrosos a já fantástica rotina do Universo. A segunda é que Deus é bom e que me permite, de maneira não menos milagrosa, acordar ao lado de uma mulher talhada para o meu talhe e, de quebra, estupendamente cheirosa – e isso todos os dias, abençoados. A terceira, consecutiva e célere, desde que me
conheço por gente é:

- O Palmeiras joga hoje?

E só depois me lembro de que o mundo tem manteiga, frutas, ovos, leite e pão, que a água encanada e a eletricidade já chegaram ao Cambuci Profundo, especialmente para esquentar meu banho, e que quase nada conhecido valeria o prazer de mijar grosso e barulhento na manhã do dia novo.
Há fatores curiosos nessa relação. Quanto pior for a situação do time, menos chances há de minha atenção desviar-se, dentre outras coisas porque se há algo que caracteriza essa afeição é que não há a menor necessidade de explicá-la por inteiro – daquele modo como se explicam tão bem tanto as vacinas como os genocídios. Assim, munido de motivos muito racionais, mas nem por isso articuláveis em sua plenitude, posso amar o Palmeiras não porque ele é campeão, rico, belo ou grande, mas sim fazê-lo grande, belo, rico e campeão porque o amo – o que é muito mais bonito de se fazer, além de um jeito muito melhor de se tocar a vida.

A memória de que sou palmeirense caminha ao meu lado o tempo inteiro; não ativa, histérica e patológica, mas como a certeza silenciosa e tranqüila de que amo viver, de que sou casado, de que não devo roubar, mentir ou desejar o mal. A memória de que sou palmeirense permeia algumas de minhas melhores memórias; o sol esplendoroso do Palestra lotado ou o pomar dum sítio que não vou ver mais, a pizza na Turiassú ou a chuva nas minhas costas durante a peleja perdida no verão remoto, os grandes natais que ainda promoverei, o filho que ainda vou ter, meus mortos que ainda vou enterrar – todos tão meus como o Palmeiras.
Em breve – coisa de dias – o Palmeiras jogará de novo. Horas antes, exatamente como muitos e muitos muito antes de mim, vou fazer soar o som atômico no meu rádio. Cada minuto dessa nova transmissão será mais um passo do ritual ancestral e sagrado que me lembra de quem eu sou, de onde eu vim, de onde vieram os meus. Assombroso, o aviso de sempre soará mais outra vez, grave e poderoso como as terríveis profecias do deserto: aqui somos nós, os moços e velhos que, fugindo da fome, da guerra e da morte, viemos a esta terra estranha, agora tua também, juntar nossos braços às forças que ergueram o colosso onde tu moras e de onde tiras o sustento de tua família. Aqui somos nós, aqueles que partilham contigo o gosto pelo barulho, pela música e pela dança estridente, pelo drama e pelo exagero, pelo abismo e pela ressurreição. Nós, que amamos a vitória e que não nos envergonhamos dela, e que por amor a ela e às festas, ao brilho e à música criamos essa força, esse símbolo no qual tu deves te apoiar para não te esqueceres de quem és – nem do que em ti é mau, nem do que em ti é bom. Nós somos o passado e somos tu, somos teu pai e seremos teu filho.
Aqui somos nós, ainda de novo.
Nós, o Palmeiras."

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Natal, amigo secreto, vô Pinho,Guardião e Torino


Natal de 89 e toda família reunida na lendária casa da Osvaldo Bataglia.

Naquele ano teve o tradicional amigo secreto.Tive a honra de ser o amigo secreto do meu querido vô Pinho.

Depois da entrega do presente ( ganhei uma calça jeans e uma camiseta) meu avô me chamou de canto e disse:

"Queria te dar uma camisa do Guardião do Torino.Uma camisa preta com o símbolo do Torino".

Fiquei feliz pela intenção mas nunca perguntei porque a camisa do Torino.Lembro que ele contou sobre o acidente aéreo conforme link do site oficial do Torino (clique no link abaixo da imagem).




                                               http://www.torinofc.it/content/view/734/



Sei  que a partir daquele dia  virei torcedor do Squadra Cuore Granata  e sempre procurei sem sucesso a camisa preta.

Ontem pesquisando na internet e para a minha surpresa a camisa do Guardião dessa temporada é a tão procurada camisa preta como demonstra a foto abaixo.





Ja estou correndo atrás dessa camisa para atender um desejo do meu avô.

Para completar o dia, pedi para o meu tio Gerson o vídeo em que meu avô me chama de "Guardião" no Natal mencionado no primeiro parágrafo.

Nesse Natal tinha 14 anos e se não fosse a timidez o meu abraço seria de pelo menos 40 minutos em meu avô.

Tenho muito orgulho de ser chamado de Guardião por uma pessoa especial e que sabia muito de futebol.

Acho que ele teria orgulho de assistir algumas defesas que fiz.
Abaixo o vídeo.






Viva o futebol!
Viva a família e suas tradições !
Viva o Palmeiras e Viva o Torino !

PALPITE: Acho que o time escolhido por ele foi o Torino por dois motivos:

1 - Talvez tenha ficado sensibilizado pelo acidente

2 - Conhecedor da história de fundação do Palestra / Palmeiras ele sabia que após uma excursão do Torino em São Paulo os italianos sentiram a necessidade de criar um time no Brasil. Assim nasceu o Palestra Italia.

Motivação

                                                               



Dia desses, fui solicitado para escrever algo motivacional em face da péssima situação atual do Palmeiras.
Não é tarefa fácil para um sessentão, que tem que trabalhar todo dia - graças a Deus e a meu filho - falar de motivação.
O que eu posso escrever para motivar o Sr. Luis Felipe Scolari que ganha R$ 700.000,00 por mês e treina nada mais, nada menos, o time de profissionais da Sociedade Esportiva Palmeiras?
Como motivarei um bando de homens, que se dizem atletas, na faixa etária média de 26 anos, com salários exorbitantes; para, ao menos, trocarem 3 (três) passes certos.
O que escrevo para um goleiro, de 1,93m de altura, para que se motive a: cantar o jogo, posicionar a sua zaga, sair gritando, enfim, assumir responsabilidades?
Como motivar o Barcos a fazer gol feio? É isso mesmo. Gol feio também vale. Nessa altura do campeonato então: vale e muito.
Felipão faz o seguinte: pega você, comissão técnica e esse bando de acomodados e, em vez de jogarem baralho, videogame, ouvir mp3, vão assistir as PARALIMPIADAS, hoje, e amanhã até a hora do jogo.
Vão ver o que é dignidade. Vão sentir o que é brio. Aprendam o que é superação.
Ontem, numa disputa de natação, o publico ficou em pé esperando a ultima colocada chegar.
A nadadora teve que bater com a cabeça para finalizar o seu tempo, pois a mesma não tem braços e suas pernas são pela metade.Esse, é só um de inúmeros exemplos inacreditáveis.
Felipão, sabe aquela festa que a torcida faz para o PALMEIRAS quando entra em campo? Pois é velho, foi assim com "A GIGANTE" na piscina em Londres. Ela não tinha as mãos para agradecer a manifestação do publico e nem para enxugar as lagrimas, típicas dos vitoriosos.
Assistam.  Depois vão a campo.
Além de perfeitos fisicamente, esses jogadores estarão vestindo uma camisa com muita Historia, muita Tradição e Honra. Portanto, respeitem-na.
"Esses atletas”, ainda poderão contar com as mãos, para enxugarem as lágrimas, quer como vitoriosos ou derrotados.
 Basta. O que vocês estão pensando que o Palmeiras é?
Ahh, desculpem, ia me esquecendo sobre as a palavras de motivação:
VÃO PRA PUTA QUE O PARIU. JOGUEM BOLA SEUS MERDAS”.
O CORNETA

terça-feira, 4 de setembro de 2012

A Força do blog do torcedor



NOTA DO BLOG:

Abaixo um texto do meu pai ( O Corneta) de março de 2010 mas que continua bem atual.

Esse texto foi publicado no antigo blog ARENA PALESTRA1914.

Vai ao encontro com o descontentamento da maioria do torcedor / leitor que não aguenta mais textos de Perrones , Lavieri , Paulinho, Kfouris , Rimolis entre outros.

Quero deixar registrado que o site do Globo Esporte tem um espaço dedicado ao torcedor.

Boa leitura:



"Gostaria de tornar publico, uma observação que venho fazendo em relação aos Blogs como o nosso querido Arena.

Cheguei a trocar rápidas palavras com o Editor sobre este tema.

É o seguinte:

Ao contrario dos Blogs de pessoas vinculadas a outros meios de comunicação, Os blogs , “digamos, BLOGS da Paixão”, apresentam uma vantagem incomensurável em relação aos,”digamos Blogs Profissionais.

O que?

Os Blogs da Paixão, expressam o sentimento dos torcedores na sua forma mais pura , a devoção.

O torcedor, com naturais divergências aqui e acolá, é um termômetro preciso e implacável.

No fundo, é a torcida que aprova ou não uma contratação, um esquema tático, pega no pé ou enaltece atletas. A Torcida vê no clube seu patrimônio e por isso o administra como ninguém.

Ao contrario, os Blogs Profissionais,cobrem todos os times sem uma paixão especifica . Os blogs profissionas simplesmente editam o que falam em outras tribunas. Não há “CUMPLICIDADE” como a dos Blogs da Paixão.

RESUMINDO A ÓPERA.

Uma fonte me revelou (rs,rsS,rs) que:
Um famoso apresentador de programa esportivo, conhecido com a alcunha de “Terceiro...” , já preocupado com os blogs da Paixão, esta tentando

reunir os blogueiros profissionais ,para discutirem sobre a eminente ameaça dos blogueiros da paixão aos meios “manipuláveis” de comunicação.

Este assunto ,pode não parecer, mas é muito sério.

Com a palavra , todos que tenham imaginação e saibam e queiram se expressar democraticamente.

..”.Já raiou a Liberdade, já raiou a Liberdade no horizonte do Brasil”.
(trecho do Hino da Liberdade – autor D. Pedro l ( Palmeirense)."

Nilton Pasqual

O CORNETA

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Acorda , Palmeiras


Imagem retirada do site Palestrinos.Texto de Paulo Cesar Caju em sua coluna no Jornal da Tarde.Poderiam mostrar para a nossa diretoria.Acorda , Palmeiras!!!!!!!




sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Opinião do Blog

No link ao lado (clique aqui ) você pode ler a reportagem que saiu na Uol sobre o suposto dedo duro no Palmeiras e responsável pela péssima partida na quarta.


Abaixo na íntegra a nota publicada pelo assessor de Felipão em seu site. 

Esclarecimentos da Fellegger

31 de agosto de 2012  // 


ESCLARECIMENTOS DA FELLEGGER

Em função da grande repercussão de uma matéria assinada por dois jornalistas Danilo Lavieri e Ricardo Perrone, o último citado que vive em função dos bastidores. venho a público para esclarecer;
  • É histórico no Palmeiras o “vazamento” de notícias internas do clube. Estes fatos se repetem ano após ano, independente de quem esteja no comando diretivo ou técnico;
  • Quando surgiu a primeira suspeita em relação ao meu nome, me coloquei a disposição do diretor Cesar Sampaio para ir ao clube, falar com quem quisesse ouvir as acusações, e responde-las item por item. O Sampaio depois de falar internamente, disse que não seria necessário;
  • Os assuntos que deram origem as acusações formais e tratadas como “vazamento” foram comentados em redes sociais, blogs, jornais e emissoras de rádio em diversos momentos. Os assuntos foram “baladas” e “chinelinho”;
  • Na questão específica do João Vítor, blog do Paulinho e rádio Jovem Pan foram os primeiros a noticiarem o fato. O setorista da Jovem Pan afirmou que tinha informação confirmada de dentro do clube. Detalhe: não mantenho nenhuma relação de amizade ou profissional com este setorista;
  • Na matéria do Estado/Jornal da Tarde sobre o ”chinelinho”, recebi uma ligação do repórter dizendo que tinha uma informação sobre uma suspeita da diretoria e comissão técnica sobre corpo mole de alguns atletas. Me perguntou se o técnico Luiz Felipe gostaria de se manifestar. Depois de entrar em contato com o técnico, respondi que não comentaria o assunto;
  • Não estou no dia a dia do futebol do Palmeiras. Vou a Academia quando há alguma entrevista do técnico agendada. Vou em alguns jogos do Palmeiras e entro como jornalista credenciado e trabalho normalmente exercendo a função de assessor de imprensa;
  • Não trabalho exclusivamente com o Scolari. Tenho outros assessorados e clientes que faço o meu trabalho de assessoria de comunicação;
  • A Fellegger nasceu como uma empresa de assessoria de imprensa há mais de 12 anos. Por causa do registro na Fifa e Uefa, onde acompanhei 3 Copas do Mundo e duas Eurocopas, a Fellegger foi classificada como agência de notícias. Segue fazendo assessoria de comunicação para profissionais do futebol e outros clientes;
  • Por isso, não aceito e não admito acusação leviana ou dúvidas do meu procedimento profissional e correto;
  • O assunto está sendo levado ao departamento jurídico que tomará as medidas cabíveis. 
Acaz Fellegger
Jornalista Mtb 19.426 SP
31/agosto


OPINIÃO DO BLOG:

 É muita viadagem para um clube do tamanho do Palmeiras.Honrem essa camisa e tirem o time dessa situação.

No final do ano mandaria a grande maioria dos jogadores embora.Ficaria com Felipão e montaria um time com os jogadores pedidos por ele.

Ficaria apenas com Henrique e Barcos

Forza Palestra!

O Corneta - "Só faltam 18"





Para o Palmeiras,ao contrario de muitos times,não pode ser dito: ainda faltam 18 rodadas, e sim "Só Faltam 18 rodadas".

O Felipão quer fazer do Henrique o mesmo que vez com o Edmilson na Copa.Ele esquece que o Edmilson era um volante de origem que virou zagueiro.

 Já no caso do Henrique é exatamente ao contrario. Resumindo ele não tem um volante e  não tem um zagueiro.Insiste com o Leandro Amaro que falhou grotescamente em dois gols.

Porque na quarta , ele não formou uma zaga - que até outro dia era titular- com Henrique e Thiago Heleno.Entrando com Marcio Araujo que é volante de oficio .

Já no lugar do Corrêa, ele podia escalar o Cesar Sampaio do jeito que tá.

Que tristeza meu Deus.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Nunca fui Santo

Sinopse:

Marcos é um ídolo alviverde, verde-amarelo e de quase todas as cores. Não só por ser um dos melhores goleiros da história do futebol, mas por ser uma das pessoas mais simples do mundo - mundo que ele conquistou em 2002.

Ele não quis ganhar mais dinheiro em Londres para não ficar longe da família, dos amigos, do sítio, da moda de viola, da vida simples que o faz ser admirado por todos. Admirado por ser o goleiro do Palmeiras, da Seleção, e, principalmente, por ser um verdadeiro defensor das nossas cores e dos nossos credos.

Nunca fui santo é um livro escrito por Marcos com a graça e a simplicidade de quem ganhou a vida defendendo os seus em vez de atacar os dos outros. Marcos é um vencedor que não precisa de títulos. Nem de canonização.

O Brasil é alviverde inteiro






Fonte: IG ESPORTES

A conquista invicta da Copa do Brasil 2012 vai virar livro no Palmeiras. Depois da camisa comemorativa usada pelos jogadores após o término da partida contra o Coritiba, o clube alviverde anunciou nesta quinta-feira que vai lançar mais um produto em homenagem ao seu segundo título na competição nacional.

A obra “O Brasil é alviverde inteiro – campeão invicto da Copa do Brasil 2012”, que terá a imagem do técnico Luiz Felipe Scolari com a taça na capa, será lançada pela "BB Editora" em parceria com Cesar Greco, fotógrafo oficial do clube.
O livro vai reunir 160 páginas de fotos exclusivas dos bastidores durante toda a campanha palmeirense na competição, como imagens de treinos, viagens, concentração em hoteis e também dos principais lances dos jogos do Palmeiras na competição mata-mata.

"Um dos livros mais especiais lançados pelo Palmeiras. Com ele o torcedor poderá guardar para sempre essa especial conquista", diz o fotógrafo Cesar Greco. O lançamento da obra está previsto para agosto, e o preço ainda não foi divulgado. Relembre a trajetória vitóriosa do Palmeiras na Copa do Brasil 2012:

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Claudio Cristovão Pinho

"Hoje, 90 anos do nascimento de Claudio Cristovão Pinho, autor do 1o. gol do PALMEIRAS em 42"

Publicado no twitter de @jotapalestra


Forza Palestra!

Pedido de desculpas para o goleiro Bruno





Uma semana após nossa conquista achei oportuno publicar esse texto.

Esse post é a forma que encontrei para pedir desculpas para o goleiro Bruno.

Uma vez escrevi que o verdadeiro sucessor de São Marcos era Diego Cavalieri .

O problema é que o teor desse post foi também de criticas aos goleiros Deola e Bruno.

O goleiro é uma posição que o atleta precisa de uma sequência de jogos para mostrar o seu potencial.

O Bruno quando teve essa sequência demonstrou que eu estava muito errado e que ele pode sim ser o goleiro titular do Palmeiras.

Fez partidas excelentes contra o Grêmio e não afinou na final.

A cena do Bruno ajoelhado e chorando um pouco antes do fim da partida demonstra toda a sua palestrinidade.

Pouca gente falou mas quando o jogo estava 1 x 1 no Couto Pereira o nosso goleiro fez uma grande defesa  em uma bola desviada na zaga que quase encobriu o Guardião Palestrino.

Bruno, parabéns pelo título e desculpe pela injustiça que cometi com você.

Agora está em suas mãos virar um Velloso ou Gato Fernandez.


Forza Palestra!

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Gol do Betinho

[HD] Gol do Título do Palmeiras Filmado na Arquibancada (Copa do Brasil ...

Comemoração dos alviverdes imponentes.

Caubóis da Pompeia


Texto do jornalista Xico Sá sobre o título palmeirense.



"Amigo torcedor, amigo secador, se fosse um filme de faroeste, a conquista do Palmeiras, campeão invicto da Copa do Brasil, poderia se chamar "Os Renegados". 

Alvo de chacota da imprensa e de pedradas até de parte dos seus próprios fãs, os caubóis da Pompeia se vingaram com o título da nossa taça mais nacional, a única que vai do sertão ao cais, espécie de Coluna Prestes da bola.

Até o discurso da comemoração, você reparou, caro palmeirense, saiu mais para o desagravo, a legítima defesa da honra do grupo, do que para a desabrida alegria da vitória. Muito compreensível. Entendemos a voz empoeirada do velho oeste sem carecer de legenda.

Os caubóis renegados da Pompeia têm pleno direito ao desabafo. Quem acreditava neles? Quase ninguém. E ainda chegaram à decisão com um time em remendos, sem o mago e sem o pirata. Com homens machucados, porém destemidos.
A saga verde foi um autêntico "Meu ódio será sua herança", para citar o filme predileto do meu amigo palmeirense Marcelo Mendez, um cronista basco-nordestino nascido no ABC paulista.

A Copa do Brasil, assim como a vida, é mata-mata. Um torneio onde os fracos não têm vez, agora lembrando a brutalidade do maior faroeste moderno, o dos irmãos Cohen. Cada jogador do Palmeiras foi um Anton Chigurh, o matador interpretado pelo espanhol Javier Bardem, nessa jornada.

Sim, eu poderia estar aqui exaltando o futebol-arte, o fino da bola. Não vem ao caso. O triunfo do Palmeiras é de outra natureza. É de bravura. Nem por isso deve deixar de ser celebrado. A coragem talvez seja o maior luxo da condição de ser homem.
Só perde, talvez, para a vergonha na cara. Os renegados da Pompeia souberam dosar as duas qualidades. Mesmo sob chuva de balas não fugiram ao duelo sob o sol das contrariedades. Bravos.

Ah, como poderia esquecer, uma vez que o assunto é o fantástico mundo do faroeste ""talvez a maior metáfora da nossa gloriosa existência. Como esquecer que o técnico Felipão, dublê de Gene Hackman, fez, na Copa do Brasil, o papel de o xerife de "Os Imperdoáveis", a fita genial do velho Clint Eastwood.

Para quem enfrenta uma confusão caseira sem limites e muitas dificuldades técnicas e humanas, o título do Palmeiras vai ficar na história como uma bíblia, um exemplo. Perto dessa conquista, toda prateleira da autoajuda agora é nada.

Parabéns, destemidos caubóis esverdeados!"

Site Oficial

Ministro Aldo Rebelo escreve carta pela conquista da Copa BR

Carta enviada à Sociedade Esportiva Palmeiras pelo Ministro do Esporte Aldo Rebelo, reverenciando a conquista da Copa do Brasil e destacando a comemoração do torcedor palmeirenses pelos quatro cantos do país.

"O Palmeiras, a bola e a alma

Claudevan e Deri são vaqueiros de profissão em Mar Vermelho, no agreste alagoano. Torcedores do Palmeiras, Deri e Claudevan lideram a organização da festa que neste domingo, dia 15, festajará a conquista da Copa do Brasil por seu clube de coração.

A conquista palmeirense foi celebrada por seus torcedores em todo o Brasil, e as fotos e imagens apenas confirmam a força e a paixão de milhões de adeptos do clube que desperta emoções das barrancas do Rio Amazonas aos contrafortes da serra catarinense, passando pelos sertões nordestinos ao pampa gaúcho.

Em todo o Estado de São Paulo, não houve um boteco com TV onde um palmeirense não acompanhasse com o coração na mão a saga do time rumo ao título. Talvez as conquistas das Academias do passado tivessem comemorações mais austeras e discretas. É do homem valorizar mais os feitos imprevisíveis, alcançados na adversidade.

O Palmeiras ganhou porque entrou em campo com a história e as glórias de seus antepassados, jogou com a responsabilidade de sua grandeza, e assim superou as deficiências do time e os desfalques que tornavam quase improvável sua vitória.

No futebol, dizia Nelson Rodrigues, o pior cego é aquele que só vê a bola. Além da bola, o Palmeiras do Couto Pereira jogou com a alma, a alma de seus milhões de torcedores do presente e do passado."

Aldo Rebelo, Ministro do Esporte.
13 de julho de 2012.

Academia Brasileira de Títulos




Quando merecem é preciso elogiar.

Muito bonito o trabalho da Globo no link abaixo. Clique em Academia Brasileira de Títulos.



Forza Palestra!

Força da Marca Palmeiras III (Brahma)

Força da Marca Palmeiras II ( W TORRE)




Na imagem acima a homenagem da construtora responsável pela obra do nosso estádio Palestra Italia.

Que venham mais troféus e essa sala fique sempre pequena.

Forza Palestra!

Força da Marca Palmeiras I (Adidas)

Carta à torcida do Palmeiras

Palmeiras Campeão da Copa do Brasil 2012

 
Texto do palestrino Mauro Betting
Quiseram diminuir o Palmeiras. Fora e dentro do clube. Quiseram demitir Felipão. Fora, dentro, e nas redações. Quiseram minar o grupo com bombas de efeito retardado. Quiseram. Mas não conseguiram. Querer não é poder quando se tem a força de um Palmeiras.

O Palestra é enorme. Maior que os próprios erros. Muito maior que as limitações de banco e de campo. Infinitamente superior aos que acham que o futebol é uma ciência exata. Ou, em alguns casos, uma paixão clubista imprecisa. Gente que acha que o Palmeiras se apequena tem miopia histórica. Gigantes tropeçam. Caem para aprender a se levantar. O clube e o time e a diretoria e a comissão técnica erraram demais nos últimos tristes tempos. Mas nem eles conseguem diminuir paixão tão forte como a que o levou além das limitações.

O Palmeiras foi grande na Copa do Brasil 2012. Foi Palmeiras. Superou na decisão um Coritiba que pintava como favorito, e até foi melhor na primeira partida, em Barueri – mas perdeu por 2 a 0, na única chance palmeirense na primeira etapa, e, no segundo tempo, na bola parada dinâmica de Marcos Assunção. O Coxa não conseguiu reverter a desvantagem na finalíssima e foi um bravo bivice-campeão da Copa. Perdendo a decisão para um ainda mais bravo bicampeão: o Palmeiras de Felipão. Campeão em 1998 com uma Via Láctea armada pela Parmalat, que daria o passaporte para a Libertadores enfim conquistada em 1999; bicampeão invicto do torneio com um Palmeiras de vacas magras e elenco enxuto. Mas vencedor. Como o clube.

Palmeiras que reconstrói o Palestra e, por ainda estar sem casa, é um time errante e que erra demais. Muitas vezes tem se perdido. Mas se encontra no palmeirense que o acolhe. Ajudando a reencontrar o caminho que ninguém conheceu melhor no século passado. Verdão que estreou em 2012 vencendo duas vezes o Coruripe, mandando o segundo jogo em Jundiaí, em mais um lar de aluguel, onde o time se sentiu em casa pelo palmeirense que não escolhe lugar. Na fase seguinte, com dois gols de Leandro Amaro, eliminou o Horizonte, no Ceará, por 3 a 1, cancelando a volta. Nas oitavas, ganhou bem do Paraná por 2 a 1, em Curitiba, e goleou por 4 a 0, em Barueri. Nas quartas-de-final foi prejudicado pela arbitragem contra o Atlético, no Paraná, no empate por dois gols. Em Barueri, convincente vitória por 2 a 0 sacramentou classificação para as semifinais.

O Grêmio parecia favorito contra um Palmeiras que começara mal o BR-12 depois de um pífio final de Paulistão. Mas dois gols nos últimos minutos de Mazinho e Barcos em Porto Alegre deixaram o Verdão em ótima condição para decidir em Barueri. Numa partida em que muitos não conseguiram chegar ao estádio, de tanta gente que não tinha mesmo cabimento no pequeno estádio para tamanha paixão, o Palmeiras superou a violência do rival para empatar por 1 a 1 e voltar a uma decisão nacional.

Superando as desconfianças internas e externas como grande que é. Passando do céu ao inferno como Valdivia, que fazia tudo até se perder por nada. Enorme como foi Bruno, da Academia de goleiros palmeirenses. Eficiente como a dupla de zaga protegida por Henrique, testa quente como o coração no Alto da Glória. Letal como a bola parada de mais um Marcos que garantiu a Assunção verde. Decisivo como mais um Mazinho campeão palmeirense. Histórico como um Betinho que só acertou uma bola. A do título. Invicto.

Palmeiras que sofreu com joelho operado de Wesley, com apendicite de Barcos, com tornozelo torcido de Maikon Leite, com Luan se arrastando nos 20 finais, com Henrique superando tudo. Vários nomes muito comuns e ainda mais próprios reescreveram com sangue, dor e amor a história do Palmeiras duas vezes campeão da Copa do Brasil, oito vezes campeão brasileiro, primeiro campeão da Copa dos Campeões.

Não foi por acaso. Sim por ser Palmeiras.